Benefícios da longevidade são observados na população

Aumento da expectativa de vida permite que o conceito de envelhecimento seja ressignificado

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Os avanços da Medicina e da Ciência, acompanhados pela queda na mortalidade infantil e pela ampla conscientização em relação à Saúde, vêm permitindo que, cada vez mais, a população envelheça com qualidade e autonomia. De acordo com a legislação brasileira e conforme as previsões do Estatuto da Pessoa Idosa, indivíduos acima dos 60 anos se enquadram na faixa etária dos idosos.

Contudo, apesar dos estigmas e estereótipos ainda existentes a respeito deste grupo, ele está sendo ressignificado, passando por mudanças estruturais que demonstram que o envelhecimento, de fato, é a melhor idade. Matéria elaborada pelo portal Sampi demonstra que, atualmente, os idosos possuem uma notável disposição para estudar, praticar atividades físicas, viajar, além de outras tarefas que contribuem para o exercício do corpo e da mente e valorizam a autonomia e a independência dos indivíduos.

Dados do Censo Demográfico, realizado em 2022, apontam que desde 1940 a população brasileira teve um salto na expectativa de vida de mais de 30 anos. Para as mulheres, esta expectativa chega aos 79 anos, enquanto para os homens pode alcançar os 72 anos de idade. Além disso, ao passo que há mudanças sobre o que se entende como longevidade, também ocorrem mudanças sobre o que se entende como Saúde.

De acordo com Júlio Horta, geriatra e reumatologista, envelhecimento abrange condições biológicas, psíquicas e sociais. O médico também afirma que, mesmo com doenças comuns aos idosos, atualmente é possível viver uma vida dentro da normalidade. “Se o idoso tem autonomia e independência financeira, física e mental, é considerado saudável, mesmo tendo diabetes, hipertensão ou outras doenças características da Terceira Idade, mas que podem ser controladas.”

Para o médico, diante deste novo cenário encontra-se um grande desafio, o poder público conseguir atender toda a demanda criada por este público – cada vez mais abrangente. Ele defende a necessidade de se garantir produtos e serviços que vão além da Saúde, mas que também alcancem áreas fundamentais, como o lazer dessas pessoas.

De acordo com a reportagem, pelo fato de uma parcela desses idosos já ter se aposentado, eles podem ocupar o tempo fortalecendo as relações sociais por meio de atividades culturais e educativas, por exemplo, cursos de informática, aulas de inglês, pilates, teatro e bailes. Desta forma, a combinação de todos esses fatores simboliza que o envelhecimento não representa uma sentença, mas sim, uma fase para novos aprendizados, reflexões e autoconhecimento.