De acordo com as mais recentes atualizações sobre a dengue, disponibilizadas no dia 5 de março pelo Centro de Operações de Emergências (CEO) – responsável pela coordenação das ações de resposta às emergências em saúde pública -, o número de casos prováveis da doença no Brasil é de 1.253.919, além de 299 mortes confirmadas e 765 em investigação.
Nesta semana, o Governo de São Paulo decretou estado de emergência para a dengue, sendo que a Secretaria Estadual da Saúde já registrou 31 mortes e 122 óbitos ainda estão em investigação. Conforme o documento, além de São Paulo, mais oito unidades federativas estão em situação emergencial: Acre, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Na análise realizada, observa-se que o coeficiente de incidência de dengue na sétima semana epidemiológica de 2024 é superior ao mesmo período do ano anterior, sendo que o Centro-Oeste é a região com a maior quantidade, seguida pela Sudeste, os dois com o coeficiente maior que 500. Em 2023, o País atingiu o pico em número de casos entre a 14ª e 19ª semana do ano, com o coeficiente de aproximadamente 250.
O cenário se modifica em relação à quantidade de casos graves, com o Sudeste ficando em primeiro lugar, com 4.809. Em sequência, aparecem Centro-Oeste (2.601), Sul (1.984), Nordeste (491) e Norte (111).
Segundo os registros dos exames laboratoriais realizados pela rede nacional de laboratórios de saúde pública, observa-se que os tipos de infecções predominantes nos estados brasileiros são o tipo 1 e 2, com seis unidades da federação registrando o tipo 3, e duas o tipo 4.
Característica dos mais afetados
Neste ano, a faixa etária com mais casos graves foi a de 30 a 39 anos, e no ano anterior, pessoas de 20 a 29 anos eram as mais atingidas. Quanto aos óbitos, o maior número foi identificado na faixa etária de 70 a 79 anos. No entanto, o organismo ressalta que algumas fichas de notificações não apresentam faixa etária especificada, ocasionando a diferença no número total de óbitos.
Entre os casos graves, indivíduos do sexo masculino ficam em destaque, apresentando 31% (em pessoas com 80 anos), enquanto o sexo feminino (na mesma faixa etária) aparece com 26%.
Chikungunya
No boletim informativo, o Centro de Operações Emergenciais forneceu números atualizados também sobre os casos de Chikungunya no País. De acordo com a pasta, foram registrados 64.687 casos prováveis, 15 óbitos confirmados e 65 em investigação.
As ocorrências do ano de 2024 apresentam aumento ao longo das semanas, atingindo maior quantidade de infectados na sétima semana. A região Sudeste ocupa a primeira posição em relação ao coeficiente de incidência (58,70), seguida por Centro-Oeste (43,55), Nordeste (11,02), Norte (7,46) e Sul (1,58).