O presidente da Associação Paulista de Medicina, Antonio José Gonçalves, esteve presente na sede do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) na última segunda-feira, 19 de maio, para participar de uma reunião com o presidente da entidade, Francisco Balestrin, com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e com o deputado federal Pedro Westphalen (Progressistas). No evento, outras autoridades em Saúde também estiveram presentes, entre elas, o diretor de Previdência e Mutualismo da APM, Antonio Carlos Endrigo.
Gonçalves destaca que, durante a conversa, o secretário reconheceu que o clima de insegurança que o estado vive vem alcançando índices muito altos e que algo precisa ser feito. “Ele acredita que a violência não resolve a situação, o que concordamos, e disse que o que pode resolver efetivamente é uma mudança na legislação, com penas mais duras para que não haja impunidade, que é o que acontece hoje.”
Segundo o médico, foram apresentados dados que demonstram que há bandidos que são presos por mais de três vezes e mesmo assim acabam liberados pela Justiça, fazendo com que não haja medo ao cometer crimes, por saberem que as punições são pouco efetivas.
Ato Médico
A questão da invasão do Ato Médico foi uma das pautas abordadas na reunião. “Isso é caso de polícia. A pena máxima para esse tipo de crime, o exercício ilegal da Medicina, é de dois anos. Então, concordamos perfeitamente que a legislação tem que ser modificada e as penas precisam ser maiores, mais duras e cumpridas”, diz Antonio Gonçalves.
O presidente da APM salienta a importância de a Secretaria de Segurança e a Secretaria da Saúde terem uma atuação conjunta e de parceria. “É fundamental para que a gente possa punir adequadamente os crimes, evitar que eles ocorram e evitar a impunidade.”
Para ele, o encontro foi proveitoso. “O deputado Pedro Westphalen, que é médico do Rio Grande do Sul, também fez coro com as nossas posições. Acredito que essa parceria entre Saúde e Segurança será muito benéfica e nos ajudará a combater, especialmente, esses crimes de exercício ilegal da Medicina, que tanto nos incomodam e prejudicam a Saúde da população.”
Foto: Divulgação FeSaúde/SindHosp
