A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) realizou, na última quinta-feira (24), reunião aberta do Grupo de Trabalho de Relacionamento com os Prestadores de Serviços de Saúde, no âmbito do Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar (COPISS).
Representando a Associação Paulista de Medicina no encontro, estiveram presentes o diretor de Defesa Profissional da instituição, Marun David Cury, e o assessor médico da Diretoria, Marcos Pimenta.
Na reunião, participaram Mauricio Nunes, diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS; Angélica Carvalho, diretora adjunta de Desenvolvimento Setorial; e Hilton Araujo de Melo, Procurador da República e Coordenador do GT de Planos de Saúde da Terceira Câmara do Consumidor e Ordem Econômica do Ministério Público Federal, entre outros.
Durante o encontro, que foi realizado no auditório do Centro de Convenções Bolsa do Rio, foram abordados os temas “Fichas do Índice de Desempenho das operadoras (IDSS), Ano-base 2023 e Troca de Informação em Saúde Suplementar – TISS” e “Modelos de Remuneração Baseados em valor”.
O Grupo de Trabalho foi elaborado pela ANS no intuito de promover a ampliação da discussão técnica sobre os mais variados assuntos que abrangem o Desenvolvimento Setorial. Os trabalhos realizados focam na relação das operadoras de planos de Saúde e prestadores de serviço desta mesma categoria dentro do âmbito do Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar (COPISS).
Para Hilton de Melo, os encontros são fundamentais para o desenvolvimento setorial, já que se configuram como uma oportunidade entre representantes e agentes de peso (como econômicos, setoriais e representativos de categoria) para, no ambiente compartilhado, fazerem suas reclamações, pontuarem eventuais considerações, demonstrarem preocupações e, a partir daí, realizar um diagnóstico – principal fruto gerado pelas discussões.
“Por meio das reuniões, conseguimos mapear melhor onde estão as falhas de mercado, muitas das vezes por falta de uma transparência. A expectativa é que tenhamos um conjunto de subsídios a partir delas, para que se forneça um material para a Agência reproduzir uma regulação mais avançada e que realmente ponha fim ou que pelo menos tente mitigar o máximo dos efeitos negativos que muitos comportamentos, dentro da cadeia da Suplementar, são capazes de reproduzir, como ineficiências, e precisam sim ser endereçadas pela ANS”, destaca.
De acordo com Melo, o último encontro ficou marcado pelo foco na qualidade do serviço, bem como a busca de indicadores capazes de identificar e monitorar a qualidade prestada por hospitais, clínicas e profissionais de Saúde. “Também não deixamos de fora a questão do preço. É muito importante que o plano de saúde chegue ao consumidor a um preço módico e que seja possível de ser pago. É fundamental que consigamos investigar as formas de remuneração praticadas hoje pelo mercado, para que, também em linha com a maior transparência e eficiência de processos, tenhamos um preço que reflita no serviço e na prestação que o usuário vai receber lá na ponta.”
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