Honorários: Comissão discute pauta de negociação com a Omint

Reunião teve como objetivo debater a valorização do trabalho médico

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A Comissão Estadual de Negociação de Honorários Médicos, liderada pela Associação Paulista de Medicina, realizou mais uma reunião on-line com representantes de operadoras de planos de saúde, no último dia 2 de setembro.

O diretor adjunto de Defesa Profissional da APM, Marun Davi Cury, e o 2º tesoureiro do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Magno, ambos representantes da Comissão, apresentaram a pauta de negociação deste ano para o diretor Técnico da Omint, Marcos Roberto Loreto.

Marun Cury iniciou o encontro destacando os esforços realizados nos últimos anos em prol da valorização da atividade médica. “Estamos sob intensa pressão. Neste ano, firmamos parcerias importantes, como é o caso da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), inclusive algumas reuniões são realizadas lá. Hoje, nosso objetivo é negociar o valor da consulta médica para R$ 180 este ano. Além disso, solicitamos que a operadora assine um documento garantindo que, em até três anos, esses valores estarão corrigidos com todos os índices de correção”, afirmou.

Carlos Magno complementou dizendo que Marun Cury tem sido o porta-voz da Comissão. “Paralelamente, integro uma Comissão responsável pela elaboração de uma resolução sobre o TEA (Transtorno do Espectro Autista). Temos plena consciência do impacto desse tema nas operadoras de saúde. Estamos desenvolvendo diretrizes para tornar os diagnósticos e tratamentos mais assertivos”, explicou.

O diretor Técnico da Omint agradeceu o convite do grupo e ficou de avaliar a pauta e retornar em breve. “Acredito que não será difícil chegar no valor de R$ 180, até porque alguns planos da Omint já têm valores superiores aos mencionados. Em relação ao TEA, é uma questão sensível. Já desenvolvemos diretrizes internas, mas com uma normativa oficial do CFM, isso nos daria mais respaldo para evitar judicializações e garantir um acesso mais seguro e adequado aos pacientes. Atualmente, observamos um excesso de indicações terapêuticas. Para se ter uma ideia, hoje investimos mais em terapias do que em fisioterapia, o que revela o tamanho do problema”, concluiu.

Pauta de Negociação

1 – Valor da Consulta em R$ 180, independentemente do tipo de plano do beneficiário.

2 – Valorização de Procedimentos conforme hierarquização proposta pela FIPE e constante na CBHPM até 2017.

3 – Necessidade de ganhos reais sobre a inflação e não somente a recomposição de valores (três anos para realinhamento dos honorários, com aumento anual de 10% do IPCA).

4 – Realinhamento e recomposição de valores a incidir sobre todas as formas de remuneração médica (fee for service, pacotes, celetistas e pejotizados, entre outros).

Foto: Reprodução da reunião