Comissão de Honorários se reúne com a Bradesco Saúde

Marun David Cury, Antonio Carlos Endrigo e Carlos Magno representaram a classe médica

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No último dia 4 de setembro, a Comissão Estadual de Negociação de Honorários Médicos, coordenada pela Associação Paulista de Medicina, se reuniu com representantes da Bradesco Saúde, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Estiveram presentes, representando a comissão, os diretores de Defesa Profissional e de Previdência e Mutualismo da APM, Marun David Cury e Antonio Carlos Endrigo, respectivamente, além do 2º tesoureiro do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Magno. O gerente executivo do Departamento do Complexo Produtivo e Econômico da Saúde e Biotecnologia da Fiesp (deComSaúde), Luiz Monteiro Filliettaz, também participou da reunião.

Durante o encontro, Marun Cury agradeceu a presença da equipe da Bradesco Saúde, composta pelo diretor-presidente Carlos Marinelli, pela diretora Thais Jorge e pelo superintendente executivo de Gestão de Rede, Fernando Pedro, e ressaltou a importância do diálogo e da aproximação com as operadoras de planos de saúde.

Na ocasião, foram apresentados os principais pontos da pauta de negociação deste ano, com ênfase na proposta de atualização do valor das consultas médicas para R$ 180. “Estamos propondo a assinatura de um documento que assegure, no prazo de até três anos, o reajuste das consultas, conforme os índices de correção do período”, explicou o diretor de Defesa Profissional, que também destacou que a comissão está disposta a atender e implementar eventuais demandas apresentadas pela Bradesco Saúde.

Carlos Magno reforçou o empenho do CFM de atuar ao lado da APM em defesa da remuneração. “A situação do médico tem se tornado cada vez mais difícil. Este mês, por exemplo, será aprovada uma resolução sobre o TEA (Transtorno do Espectro Autista), parceria entre o CFM e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Sabemos que muitos profissionais acabam realizando diagnósticos sem o devido embasamento, e essa nova resolução vem para ajudar.”

Para Carlos Marinelli, é uma satisfação saber que o TEA está sendo tratado de forma tão estruturada. “Em relação à pauta apresentada, nós vamos levar e discutir internamente”, explicou.  

Por fim, Luiz Filliettaz manifestou sua preocupação com a sustentabilidade do sistema de Saúde como um todo, destacando a importância de equilíbrio entre as partes envolvidas.

Pauta de Negociação

1 – Valor da Consulta em R$ 180, independentemente do tipo de plano do beneficiário.

2 – Valorização de Procedimentos conforme hierarquização proposta pela FIPE e constante na CBHPM até 2017.

3 – Necessidade de ganhos reais sobre a inflação e não somente a recomposição de valores (três anos para realinhamento dos honorários, com aumento anual de 10% do IPCA).

4 – Realinhamento e recomposição de valores a incidir sobre todas as formas de remuneração médica (fee for service, pacotes, celetistas e pejotizados, entre outros).

Fotos: Divulgação