Na última quarta-feira, 1º de outubro, o médico e assessor do senador astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Marcelo Morales, concedeu entrevista ao programa Cidade 360°, da Rádio 96FM de Bauru (SP), abordando a situação da Medicina no Brasil e, consequentemente, a importância do Exame Nacional de Proficiência em Medicina.
Morales, que também é professor Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro da Academia Nacional de Medicina, iniciou a conversa classificando como “muito absurda” a situação da formação médica no país. Atualmente, o Brasil é o segundo país com mais escolas médicas no mundo, ficando atrás somente da Índia – um fator que, embora aparente ser positivo, é preocupante devido à baixa qualidade de ensino de muitas instituições.
Em apenas duas décadas, o número de escolas médicas dobrou e tem mais de trezentas e cinquenta instituições em processo de aprovação. Segundo Morales, o Brasil está próximo de se tornar o País com maior número de escolas médicas no mundo.
Esse crescimento desenfreado tem gerado grande preocupação, pois a má formação médica afeta diretamente a Saúde, especialmente na assistência à população mais carente. A avaliação do Conselho Federal de Medicina (CFM) é de que mais de 70% das escolas médicas brasileiras não apresentam condições mínimas necessárias para oferecer uma boa qualificação aos seus alunos. Muitos apresentam ausência de equipamentos, espaços adequados e hospitais para o treinamento prático.
Diante dessas situações, Morales defende a necessidade de implementar o Exame Nacional de Proficiência em Medicina, uma medida adotada por outros países para garantir a aptidão dos profissionais. “Um médico não qualificado, pode causar prejuízo à Saúde das pessoas. Mais médicos? Sim, mas com qualidade” reforça.
Projeto
O Exame Nacional de Proficiência em Medicina, de autoria do senador Astronauta Marcos Pontes, tem como objetivo avaliar a qualidade do ensino médico no Brasil, verificando as habilidades técnicas e científicas dos estudantes, garantindo que apenas profissionais preparados ingressem no mercado de trabalho e sejam capazes de oferecer a melhor assistência à Saúde da população. Além disso, a prova também visa analisar a formação acadêmica oferecida pelas faculdades de Medicina.
Confira a entrevista completa neste link.
