Diretor da APM fala sobre importância do protetor solar

Othon Mercadante Becker participou de matéria do portal Brazil Health

APM na imprensa

O diretor da 3ª Distrital da Associação Paulista de Medicina, Othon Mercadante Becker, participou de matéria do portal Brazil Health sobre a importância do uso de protetor solar para evitar o câncer de pele, uma vez que publicações nas redes sociais têm levado desinformação sobre o tema. Confira a seguir.

Desinformação Sobre Protetor Solar Ganha Força Entre Jovens e Aumenta Risco à Saúde

Influenciadores digitais espalham ideias sem comprovação científica e aumentam riscos para a saúde da pele, especialmente entre crianças e adolescentes

Um movimento recente nas redes sociais, capitaneado principalmente por jovens da chamada Geração Z, tem levantado um perigoso debate sobre os riscos e benefícios do uso de protetor solar. Vídeos e postagens que defendem a exposição direta ao sol, sem qualquer proteção, já somam mais de 20 milhões de visualizações e despertam alerta entre especialistas.

De acordo com Othon Becker, diretor da Associação Paulista de Medicina, a mensagem passada por esses influenciadores é equivocada e pode ter graves consequências futuramente. “A radiação solar causa lesões no DNA das células da pele, acumulando danos que aumentam o risco de câncer. Não há segurança em descuidar da proteção, especialmente entre os mais jovens”, adverte o médico.

Estudos indicam que crianças passam até três vezes mais tempo expostas ao sol do que adultos, tornando-se muito mais vulneráveis à radiação ultravioleta. O cuidado deve começar desde cedo: bebês de até seis meses nunca devem ser expostos diretamente ao sol, devendo permanecer a maior parte do tempo à sombra, protegidos por bonés e roupas que cubram a pele.

Já entre seis meses e dois anos, especialistas recomendam o uso restrito de protetores solares próprios para bebês, que minimizam riscos de alergia e oferecem maior resistência à água. A partir dos dois anos, o uso regular de protetor solar com fator de proteção elevada, reaplicado a cada duas horas, torna-se indispensável.

Outro ponto que muitas vezes é ignorado é o reflexo da radiação em áreas como a areia da praia, que pode aumentar em até 30% a incidência de raios solares sobre a pele mesmo quando se está sob sombreiros ou guarda-sóis. Além disso, o chamado “mormaço” — aquela sensação de calor em dias nublados — também representa perigo, podendo causar vermelhidão e desidratação.

Othon Becker reforça que o horário mais seguro para atividades externas é antes das 10h e depois das 16h, e mesmo assim, o uso de proteção como chapéus, óculos escuros e roupas adequadas deve ser rotina durante o ano inteiro.

Com a popularização de conteúdos que desvalorizam a importância do protetor solar, cresce a preocupação das entidades médicas quanto ao futuro da saúde pública. “Proteger-se é indispensável. Informação correta salva vidas”, conclui o diretor da APM, incentivando que dúvidas sejam esclarecidas sempre com profissionais de saúde e reforçando a necessidade de checar a veracidade das informações encontradas na internet.

Fonte: Brazil Health – confira aqui