Entre os dias 3 e 5 de dezembro, a Associação Médica Brasileira realiza a segunda Reunião Anual do Conselho Deliberativo, em Natal (RN), reunindo representantes de diversas regiões do País, entre presidentes das Federadas, Sociedades de Especialidades e representantes de outras entidades médicas. Serão discutidos temas estratégicos relacionados à defesa profissional, políticas de Saúde, projetos culturais, regionais e administrativos da AMB.
No primeiro dia, foi realizado o Fórum das Federadas, com a participação de lideranças como o diretor de Patrimônio e Finanças da Associação Paulista de Medicina, Florisval Meinão, também secretário geral da AMB; o vice-presidente da APM Akira Ishida, diretor Administrativo da AMB; e o diretor Administrativo da APM, Lacildes Rovella Júnior, 1º tesoureiro da AMB.
“Este é um momento fundamental para alinharmos nossas prioridades. A presença expressiva das Federadas demonstra que a AMB segue coesa e comprometida com os principais desafios da Medicina no Brasil. Nosso objetivo é fortalecer a atuação institucional e garantir que os médicos sejam representados de forma cada vez mais qualificada e o atendimento à Saúde dos brasileiros seja cada vez melhor”, afirmou Meinão.

Entre os tópicos debatidos estava o cronograma preliminar do Processo Eleitoral 2026, que definirá a Diretoria e os Delegados da AMB para o triênio 2027–2029. O calendário apresentado inclui marcos como a nomeação da Comissão Eleitoral em 9 de dezembro de 2025, o período de registro de chapas entre 12 de junho e 2 de julho de 2026, e a Assembleia Ordinária de Delegados, marcada para 9 de outubro de 2026, quando ocorrerá a posse dos eleitos.
O presidente da APM, Antonio José Gonçalves, foi um dos participantes do evento. “Foram discutidos temas muito importantes, a exemplo do Exame Nacional de Proficiência e do novo modelo associativo nacional, que tem por objetivo fortalecer a representação médica brasileira por meio das sociedades de especialidades, além de fortalecer o Conselho Científico da AMB”, resumiu.
O diretor de Previdência e Mutualismo da Associação, Antonio Carlos Endrigo, presidente da Comissão de Saúde Digital da AMB, também esteve presente. Em apresentação, Endrigo ressaltou que soluções como telemedicina, interoperabilidade, monitoramento remoto e inteligência artificial já compõem o cotidiano assistencial. “O desafio é avançar do uso pontual para uma incorporação estruturada, que fortaleça a prática médica e amplie a qualidade do cuidado.”


Defesa Profissional
Conforme apresentado pelo diretor de Defesa Profissional da AMB, Carlos Henrique Mascarenhas, a área está concentrando esforços na proteção da remuneração e na segurança jurídica dos médicos, buscando garantir a estabilidade da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) e combater as glosas injustas.
Por exemplo, a AMB e a APM retomaram as discussões sobre a CBHPM junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), com o objetivo de obter um parecer técnico-jurídico para “evitar que a sua utilização gere condenações anticoncorrenciais“. Também foi lançado um estudo abrangente (participe por meio deste link) para quantificar e analisar o impacto das perdas financeiras causadas pelas operadoras de planos de saúde, glosas. Este projeto busca fornecer dados concretos para a defesa da categoria.
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