Na última sexta-feira, 22 de agosto, a Associação Paulista de Medicina sediou o lançamento do livro “Uma Epidemia Invisível ou uma Deficiência Psicossocial?”, da médica perita Gabriella Ribeiro. O coquetel foi realizado na Pinacoteca da entidade e contou com a participação de alguns membros da Diretoria da APM.
Segundo Gabriella, houve um aumento exponencial no diagnóstico de casos de pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos últimos anos. Apesar disso, muitos profissionais ainda se sentem acuados para lidar com quadros que envolvem esta circunstância.
“O Transtorno do Espectro Autista é uma condição do neurodesenvolvimento, que impacta, principalmente, a comunicação, a interação social e o comportamento. Mas o espectro é amplo e os níveis de suporte variam muito de uma pessoa para outra. Por isso, cada caso deve ser analisado de forma individualizada, com base em evidências e contextos, não apenas no diagnóstico em si”, explica a médica.
Para ela, é assim que a importância de uma avaliação biopsicossocial bem-feita se torna evidente. “Na minha atuação como médica perita e médica do trabalho, é comum que o TEA apareça em discussões sobre o direito ao benefício, adaptação no ambiente de trabalho ou análise de funcionalidade. Foi por isso que este ano eu publiquei a minha tese de mestrado sobre o tema em formato de livro.”
De acordo com a especialista, é preciso entender todos os impactos trazidos pelo TEA na vida do paciente, de seus familiares, dos profissionais e de todos aqueles que convivem com quem possui a condição. “Não basta saber o que é o autismo, é preciso entender o impacto que ele gera na vida das pessoas. Falar sobre autismo com responsabilidade e conhecimento é um compromisso ético.”
Prestigiaram o lançamento do livro o vice-presidente da Associação Paulista de Medicina, João Sobreira de Moura Neto; a diretora Cultural, Cleusa Cascaes Dias; os diretores de Responsabilidade Social, Jorge Carlos Machado Curi e Paulo Celso Nogueira Fontão; o diretor adjunto de Patrimônio e Finanças, Clóvis Acúrcio Machado; a diretora adjunta de Tecnologia de Informação, Zilda Maria Tosta Ribeiro; o delegado Gilberto Natalini; e o diretor Institucional da Comissão Especial de Médicos Jovens da APM, Yuri Franco Trunckle.