Diretor de Comunicações da APM concede entrevista ao Jornal Cidade 360º

Qualidade da educação médica e situação da Saúde no interior foram focos da conversa

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Na manhã desta segunda-feira, 19 de maio, o diretor de Comunicações da Associação Paulista de Medicina, Marcos Cabello dos Santos, foi entrevistado pelo Jornal Cidade 360º, da RádioJC News, de Bauru. A participação do diretor no programa abordou relevantes questões de Saúde tanto para o município quanto para as cidades do interior paulista.

Para Cabello, é fundamental que os médicos e os profissionais da Saúde como um todo tenham recursos para exercer o trabalho em ótimas condições. “Isso é segurança e não pode ficar restrito a um atendimento privado. Temos que ter essa capacidade de lutar pelos nossos direitos. Todos nós somos o SUS, eu acho que isso é uma condição principia de Saúde no nosso País.”

Na entrevista, também foi abordada a questão da má qualidade da formação dos profissionais e a necessidade de aplicação do Exame Nacional de Proficiência Médica. O diretor da APM relembrou que este é um problema que surgiu com o programa Mais Médicos, que contribuiu para a abertura desenfreada de escolas médicas e, consequentemente, na formação de profissionais sem a qualificação necessária.

“Com a prova de proficiência médica – que seria nos moldes da prova da OAB – poderíamos identificar as condições mínimas de um profissional de Saúde para poder atender à população. Nós vemos com bons olhos e estamos lutando, todas as entidades médicas”, explica.

Condições de trabalho

De acordo com o médico, é imprescindível que a formação seja exercitada durante a residência médica, com condições de trabalho que permitam que o profissional tenha qualidade de vida, ao invés de jornadas exaustivas e sem a fiscalização correta.

“A população médica vive dez anos a menos que a população normal, é uma das profissões em que existe o burnout, a dependência química e a depressão. Então, o pronto-socorro deveria ser exercido como uma especialidade extremamente qualificada e não por aquele profissional que está em início de carreira”, opina.

Para mudar este cenário, Cabello reforça a atuação da APM ao lado da Comissão Nacional de Residência Médica no sentido de motivar os profissionais a encontrarem a sua vocação na Medicina. “Nós precisamos muito de clínicos gerais, de médicos da família, de pediatras e de áreas básicas. Mas o médico, com uma boa formação, já consegue ter uma visão ampla, fazer bons diagnósticos e iniciar os tratamentos.”

Foto: Divulgação Cidade 360º/Rádio JCNet