SP inicia imunização de meninos de 9 e 10 anos contra o HPV

Governo ampliou o público-alvo que pode tomar a vacina; objetivo é garantir proteção antes do início da vida sexual.

O que diz a mídia

Governo ampliou o público-alvo que pode tomar a vacina; objetivo é garantir proteção antes do início da vida sexual.

A capital paulista iniciou anteontem a vacinação em garotos de 9 e 10 anos com o imunizante que protege contra o Papilomavírus Humano (HPV). Há uma semana, o governo federal ampliou o grupo que pode tomar o imunizante.

Até então, a vacina só estava disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Com a mudança, a vacinação passa a ser aplicada permanentemente no público-alvo entre 9 e 14 anos de idade, independentemente do sexo.

Incorporada de forma escalonada ao Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2014, a vacina contra o HPV é aplicada antes da adolescência porque é mais favorável que a imunização seja feita antes do início da vida sexual.

É utilizada em mais de cem países, incluindo o Brasil, como estratégia de prevenção e redução de doenças pelo vírus, como cânceres do colo do útero, vulva, vagina, região anal, pênis, boca e garganta. Outro benefício é diminuir a ocorrência de verrugas genitais, conhecidas como condiloma.

META

De acordo com a Secretaria da Saúde de São Paulo, a ampliação da faixa etária tem como objetivo aumentar a cobertura vacinal para imunizantes de extrema importância.

Na capital paulista, por exemplo, a cobertura vacinal no ano passado da população masculina, entre 11 e 14 anos de idade, foi de 57,67%, e da feminina, entre 9 e 14 anos, foi de 68,41%.

Ambos os índices abaixo do que preconiza o Programa Nacional de Imunizações (PNI), cuja meta é 80% de cobertura vacinal. A vacina está disponível em duas doses, com intervalo de seis meses entre a primeira e a segunda aplicação.

No entanto, a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) continua recomendando a aplicação de três doses.

“O PNI recomenda apenas duas doses na rede pública baseando-se em estudos de efetividade e eficácia com esquema reduzido de doses”, explica Lorena de Castro Diniz, coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).

Fonte: O Estado de S.Paulo