Novo método de ultrassom

Utilizando ondas sonoras, pesquisadores da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, desenvolveram um método para diagnosticar mais facilmente anomalias no tecido humano

O que diz a mídia

Utilizando ondas sonoras, pesquisadores da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, desenvolveram um método para diagnosticar mais facilmente anomalias no tecido humano, que podem ser indicativos, por exemplo, de câncer. Os ultrassons medem o nível de tensão local, um indicador-chave de distúrbios e doenças nos órgãos.
Descrita na revista Science Advances, a descoberta poderá ser usada para construir novas máquinas de ultrassom, mais precisas, disse o principal autor, Artur Gower. Ele explica que esses aparelhos usam ondas sonoras para criar imagens de órgãos internos.
No entanto, as produzidas pelas técnicas atuais geralmente não são suficientes para diagnosticar se os tecidos são anormais.
“Quando você vai ao hospital, um médico pode usar um aparelho de ultrassom para criar uma imagem de um órgão, como o fígado, ou de outra parte do corpo, como o intestino, para ajudá-lo a explorar qual pode ser a causa de um problema. Uma das limitações dos ultrassons usados atualmente na área da saúde é que, por si só, a imagem não é suficiente para diagnosticar se algum de seus tecidos é anormal”, detalha, em um comunicado à imprensa.
Para melhorar o diagnóstico, os pesquisadores desenvolveram uma forma de medir forças, como o nível de tensão, usando um aparelho. “A tensão é gerada em todos os tecidos vivos, portanto, medi-la pode indicar se o tecido está funcionando adequadamente ou se está afetado por uma doença”, explicou Gower.
A técnica desenvolvida é a primeira capaz de medir a tensão de qualquer tipo de tecido mole. No artigo, a demonstração foi em um músculo. “O que fizemos em nossa pesquisa foi desenvolver uma nova forma de usar o ultrassom para medir o nível de tensão no tecido. Esse nível de detalhe pode nos dizer se eles são anormais ou se estão afetados por cicatrizes ou enfermidades.
Esta técnica é a primeira em que o ultrassom pode ser usado para medir forças dentro do tecido, e agora pode ser usada para construir novas máquinas, capazes de diagnosticar anomalias e doenças mais cedo”, enfatiza Gower.

Fonte: Correio Braziliense