Médicos conseguem acordo para reestabelecer atendimento e pagamento em Araras

Ficou definido um acordo para o pagamento dos valores em aberto com os médicos: 50% até o fim da semana que vem, sendo 25% nesta sexta-feira (31) e 25% na próxima quinta (6); e 50% divididos em parcelas mensais de maio a dezembro

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Graças à atuação da Associação Paulista de Medicina junto ao Ministério Público de Araras, os médicos que prestam serviços na Santa Casa de Misericórdia da cidade conseguiram um acordo para regularizar os pagamentos que estavam em atraso desde outubro do ano passado.

Conforme explica o presidente da APM Araras, Rodrigo Teixeira de Campos Carvalho, em reunião na última quarta-feira (29), ficou definido um acordo para o pagamento dos valores em aberto com os médicos: 50% até o fim da semana que vem, sendo 25% nesta sexta-feira (31) e 25% na próxima quinta (6); e 50% divididos em parcelas mensais de maio a dezembro.

Além disso, haverá uma reunião nesta quinta-feira, 30 de março, entre o diretor técnico da Santa Casa e os médicos do corpo clínico – organizados em uma comissão coordenada por Carvalho, com um representante de cada especialidade –, para que definam um plano de reestruturação do serviço.

“O financiamento insuficiente paras as Santas Casas é crônico e não atinge apenas a unidade de Araras. Por aqui, não é a primeira vez que ficamos em risco de paralisar as atividades pela falta de insumos básicos e de pagamento aos médicos. Em reunião na última sexta-feira (24), o Ministério Público determinou que a Prefeitura estabelecesse um plano de ação emergencial, que culminou neste acordo”, complementa o presidente da APM Araras.

Ainda de acordo com ele, a questão salarial é importante, mas o primordial é não desassistir a população: “Este foi apenas o começo, mas precisamos de um projeto para médio e longo prazo, de forma que a situação não chegue a um ponto crítico novamente. Ainda que a Prefeitura de Araras pudesse ser responsabilizada caso as pessoas ficassem sem atendimento, a obrigação de arcar com a dívida não é dela, então entendemos que houve boa vontade. Todos somos sensíveis ao financiamento inadequado por parte do Governo Federal, que não reajusta a tabelas das Santas Casas desde 2006, por exemplo”.

Foto: Divulgação