Sífilis: quase 200 mil casos notificados em 2020

De acordo com informações do mais recente boletim epidemiológico de sífilis, do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), em 2020, foram notificados 115.371 casos de sífilis adquirida, 61.441 casos de sífilis em gestantes e 22.065 casos de sífilis congênita.

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De acordo com informações do mais recente boletim epidemiológico de sífilis, do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), em 2020, foram notificados 115.371 casos de sífilis adquirida, 61.441 casos de sífilis em gestantes e 22.065 casos de sífilis congênita.

Entre 2010 e junho de 2021, foram registrados 917.473 casos de sífilis adquirida, deste número, a maior incidência ocorreu na região Sudeste (47,3%), seguida das regiões Sul (23,6%), Nordeste (13,5%), Centro Oeste (8,4%) e Norte (7,1%).

No País, entre 2019 e 2020, houve redução da taxa de detecção de sífilis adquirida, que passou de 74,2 para 54,5 casos por 100.000 habitantes. Nos anos mais recentes, a maior parte de notificações da doença ocorreu em indivíduos entre 20 e 29 anos (38,8%), seguidos pela faixa de 30 a 39 anos de idade (22,5%).

Principais afetados

Com relação aos dados de sífilis em gestantes, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 449.981 casos no período de 2005 a junho de 2020. Destes, 45,3% residiam na região Sudeste, 21% na região Nordeste, 14,7% na região Sul, 10,3% na região Norte e 8,7% na região Centro-Oeste.

Comparando os dados apurados em 2020, observou-se uma redução de 1% em relação ao ano anterior. No mesmo ano, o País registrou taxa de detecção de 21,6 casos de sífilis em gestantes por 1.000 nascidos vivos.

Após análise de idade gestacional, verificou-se que a maior parte das mulheres (41,8%) foi diagnosticada no primeiro trimestre, outros 21,9% apresentaram diagnósticos realizados no segundo trimestre, e 30,1%, no terceiro.

Já sobre os dados de sífilis congênita, foram notificados 260.596 casos em menores de um ano de idade, dos quais 115.806 (44,4%) ocorreram na região Sudeste. Além disso, foram registrados 186 óbitos por sífilis congênita, com taxa de mortalidade de 6,5 para cada 100.000 nascidos vivos.

Entre os anos de 2019 e 2020, os estados da Bahia (13,2%), Sergipe (12,9%), Amapá (12,3%) e Alagoas (11,8%) apresentaram aumentos mais expressivos nas taxas de incidência. Já Amazonas e Piauí tiveram as maiores reduções de taxa, com 38,9% e 37,8%, respectivamente.

De acordo com os dados coletados, a população mais afetada pela doença são as mulheres negras e jovens, entre 20 e 29 anos. Em 2020, as mulheres nesta faixa etária somaram 28% do total de casos registrados, enquanto homens da mesma faixa etária apresentaram 16,8%.

Nos últimos dez anos, observou-se um aumento progressivo na taxa de incidência pela doença até 2018, e uma pequena redução em 2019. A maior notificação de casos ocorreu em crianças cujas mães estavam na faixa etária de 20 e 29 anos de idade (56,4%), 15 a 19 anos (21,1%) e de 30 a 39 anos (17,2%).

Transmissão e tratamento

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), cuja transmissão ocorre por relação sexual sem preservativo com uma pessoa infectada, ou para a criança durante a gestação ou parto.

Seu tratamento dura em média três semanas, e geralmente é realizado com injeções de Penicilina benzatina, também conhecida como Benzetacil, indicadas por um médico ginecologista, obstetra ou infectologista. Mas, o indivíduo também deve realizar exames e ser acompanhado por um infectologista durante dois anos.