De acordo com as informações publicadas no mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério de Saúde, até o dia 26 de março (Semana Epidemiológica SE 12), 263 casos suspeitos de sarampo foram notificados. Destes, 13 (4,9%) foram confirmados por critério laboratorial. Outros 152 (57,8%) foram descartados e 98 (37,3%) estão sendo investigados.
No período analisado, Amapá e São Paulo foram os estados que permaneceram com casos confirmados. O Amapá segue com o maior número, 12 (92,3%), em 3 municípios, e a maior incidência do País (2,23 casos por 100 mil habitantes).
Na curva epidêmica, observou-se mais casos confirmados nas SE 4 e 5 (23 de janeiro a 05 de fevereiro), redução de casos confirmados durante a SE 6 (06 a 12 de fevereiro), aumento de casos a partir das SE 8 e 9 (20 de fevereiro a 05 de março).
Os mais afetados pela doença são crianças menores de um ano de idade, apresentando o maior número de casos confirmados (8) e coeficiente de 4,41 casos por 100 mil habitantes. Na mesma faixa etária, a maior ocorrência de casos ocorreu em indivíduos do sexo masculino (6). Na distribuição geral por sexo, o maior registro também se deu no sexo masculino, com 7 casos (53,9%).
Até o momento, não há registros de óbitos por sarampo. Entretanto, ressalta-se que no ano de 2021, foram registrados dois óbitos por sarampo, ambos em crianças menores de um ano de idade.
Histórico e monitoramento
Em 2016, o Brasil recebeu a certificação da eliminação do vírus e, até 2017, não foram confirmados casos de sarampo no País. No ano de 2018, o País confirmou 9.325 casos da doença e, em 2019, perdeu o título de “país livre do vírus do sarampo”, com a confirmação de 20.901 casos da doença. Em 2020, foram confirmados 8.448 casos e, em 2021, 668.
Com a reintrodução do vírus do sarampo em 2018, a rede de Laboratórios de Saúde Pública criou a Vigilância Laboratorial para sarampo como uma das mais fortes estratégias para controlar a tomada de decisões em relação aos surtos.
Devido à circulação do vírus do sarampo, o Ministério recomenda que os projetos de vacinação sejam mantidos. Ainda, ressalta a importância de que os processos de trabalho das equipes sejam planejados com o intuito de vacinar o maior número de pessoas contra a doença.