Associativismo no interior

O associativismo médico em entidades no interior de São Paulo tem se mostrado uma prática relevante

Artigos e Entrevistas

O associativismo médico em entidades no interior de São Paulo tem se mostrado uma prática relevante, especialmente no contexto de fortalecimento da classe médica, melhoria das condições de trabalho e ampliação do acesso a recursos a capacitações profissionais.

No interior, onde muitas vezes há limitações estruturais e menor acesso a políticas públicas, essas associações desempenham um papel essencial.

No caso da Associação Paulista de Medicina, as dezenas de Regionais espalhadas por todo o estado são responsáveis pelo fortalecimento da profissão por meio de várias ações e programas:

  1. Capacitação Profissional:
    Essas entidades promovem congressos, cursos e eventos voltados para a atualização técnica dos médicos, crucial para quem está distante de grandes centros.

2. Apoio Jurídico e Administrativo: Muitos médicos do interior contam com suporte jurídico e orientação administrativo por meio de associações.

3. Defesa da Saúde Pública e Privada:
Intermediação com o SUS: As entidades frequentemente buscam melhorar o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) em municípios menores, lidando com problemas como falta de recursos e demora nos repasses.

Promoção de Saúde: Campanhas de conscientização e ações voltadas para a comunidade.

Contudo, com o passar do tempo, o associativismo médico de modo geral tem enfrentado alguns desafios, como adesão limitada, já que nem todos os médicos participam ativamente das entidades, o que enfraquece o impacto coletivo; escassez de recursos, pois no interior as associações frequentemente lidam com orçamentos reduzidos e dependem do apoio de grandes entidades estaduais ou nacionais; e baixa adesão do jovem médico, o que hoje talvez seja o maior desafio.

A maioria dos médicos jovens desconhece ou não participa ativamente das entidades médicas por falta de tempo ou percepção de relevância. Então, hoje temos a necessidade de modernização destes locais, usando melhores estratégias de comunicação e oferta de serviços adaptados às suas necessidades.

Mostrar também ao jovem médico a importância na participação em políticas de Saúde, pois estando associado, ele pode contribuir para a formulação de políticas públicas e para a defesa da classe médica.

O associativismo médico ainda constitui nosso principal meio de fortalecimento e defesa da classe, pois a união é que faz a nossa força!

*Matéria publicada na Revista da APM – nº 748, edição Janeiro/Fevereiro de 2025