Brasil se aproxima dos 200 óbitos por dengue em 2025

País também já contabiliza mais de 449 mil casos prováveis da doença, 251 mil em SP

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O número de casos prováveis de dengue no Brasil já ultrapassa os 449 mil. Até esta sexta-feira, 28 de fevereiro, o número de óbitos pela arbovirose já era de 191, enquanto outros 421 seguiam em investigação. As informações são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, divulgado pelo Ministério da Saúde e atualizado diariamente.

O coeficiente de incidência da doença vem sendo de 211,3 a cada 100 mil habitantes. A porcentagem de casos prováveis demonstra que 55% dos registrados até o momento foram em pacientes do sexo feminino, enquanto 45% são provenientes do sexo masculino.

Para mulheres e homens, a faixa etária mais afetada é a dos 20 aos 29 anos. Em relação à raça/cor, 49,3% dos pacientes se declaram brancos; 33,3% pardos; 4,7% pretos; 1,5% amarelos; e 0,2% indígenas. Não há informações sobre 11% deles.

Sobre as unidades federativas, as que registram os maiores coeficientes de incidência são Acre, 6.565 casos prováveis (745,5/100 mil habitantes); São Paulo, 251.786 casos (547,7/100 mil habitantes); Espírito Santo, 19.838 casos (483,6/100 mil habitantes); Mato Grosso, 16.394 casos (427,3/100 mil habitantes); Goiás, 24.155 casos (328,6/100 mil habitantes); Minas Gerais, 50.738 casos (238/100 mil habitantes); e Paraná, 25.895 casos (219/100 mil habitantes).

Os estados que registraram óbitos pela dengue são São Paulo (148); Minas Gerais (7); Pará (6); Goiás e Paraná (com cinco óbitos cada); Bahia e Mato Grosso (com quatro óbitos cada); Acre, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro (com três óbitos cada); Amapá (2); e Sergipe (1).

São Paulo

Recentemente, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo declarou situação de emergência em saúde pública para a dengue. O número de casos, que já ultrapassa coeficiente de incidência de 500 por 100 mil habitantes, demonstra o avanço da arbovirose no estado e acende sinal de alerta para as autoridades.

Neste sentido, São Paulo já contabiliza mais de 251 mil casos prováveis, com 148 óbitos confirmados – outras 278 mortes estão em investigação epidemiológica. Assim como o panorama do Brasil, os casos são mais abrangentes em mulheres (55%), ao passo que, para os homens, a porcentagem é de 45%.

A faixa etária mais afetada entre pacientes do sexo feminino é a dos 40 aos 49 anos, enquanto para pacientes do sexo masculino é a dos 20 aos 29 anos. Dos infectados, 63,3% se declaram como brancos; 19,8% pardos; 4,1% pretos; 0,8% amarelos; e 0,1% indígenas. Não há informações sobre 11,9% deles.

Demais arboviroses

O Brasil possui 33,4 mil casos de Chikungunya. Até o momento, 23 óbitos pela doença foram registrados e outros 34 seguem em investigação. A porcentagem de casos prováveis é de 61% para mulheres e 39% para homens e a faixa etária mais atingida pela arbovirose é dos 40 a 49 anos para pacientes do sexo feminino e dos 20 a 29 anos para pacientes do sexo masculino. A raça/cor parda foi a mais declarada entre os casos e o Mato Grosso é o estado com o maior número de casos prováveis.

Sobre o Zika Vírus, o País acumula 447 casos prováveis, sem registro de óbitos nos sistemas. Assim como dengue e Chikungunya, a incidência de casos de Zika também vem sendo maior em mulheres e o Acre é a unidade federativa como o maior acúmulo de casos prováveis.

Vacinação

Nesta semana, o Governo Federal anunciou que começará a fabricar uma vacina totalmente nacional contra a dengue, com estimativa de ser aplicada na população a partir de 2026. O imunizante, produzido pelo Instituto Butantan, será destinado para pacientes de dois a 59 anos, com distribuição de 60 milhões de doses anuais integradas ao PNI (Programa Nacional De Imunização).

O Governo já solicitou o registro da vacina na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O imunizante brasileiro terá eficácia de 89% nos casos graves de dengue e agirá contra os quatro sorotipos em circulação.