No último dia 7 de agosto, a Comissão Estadual de Honorários Médicos, coordenada pela Associação Paulista de Medicina (APM), participou de uma reunião on-line com representantes da operadora de plano de saúde Vivest. O objetivo foi apresentar a pauta de negociação de 2025, com foco na valorização do trabalho médico e na revisão das atuais condições de remuneração.
Participaram do encontro membros da Comissão, representada pelo diretor adjunto de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury, e pelo assessor médico da Diretoria da entidade, Marcos Pimenta. Pela Vivest, estiveram presentes o gerente de Gestão de Rede, Júnior Aparecido Pereira, e o coordenador da Rede Credenciada, João Batista Franque Vital.
Durante o encontro, a Comissão falou da importância de garantir uma relação mais justa e equilibrada entre os profissionais de Saúde e a operadora. “A situação está insustentável. Isso porque perguntam para nós, da Comissão, o que estamos fazendo em prol da classe médica. As entidades médicas sofrem uma pressão muito grande em torno de melhores condições de remuneração”, explicou Marun Cury.
Marcos Pimenta reforçou a necessidade de incluir na pauta não apenas o reajuste das consultas, mas também dos procedimentos médicos. “É fundamental que os reajustes não se limitem às consultas. Os procedimentos também precisam ser revistos com urgência”, pontuou.
A Vivest demonstrou receptividade às solicitações apresentadas. De acordo com Júnior Pereira, os pontos discutidos serão considerados no estudo da operadora que está em andamento. “Em breve, vocês receberão nossa proposta. Podem contar conosco. Nosso objetivo é chegar a um acordo que contemple as duas partes”, afirmou.
A Comissão Estadual de Negociação de Honorários Médicos reafirmou seu compromisso com a transparência e o diálogo contínuo com os profissionais da Saúde, mantendo a classe médica informada sobre os avanços e desdobramentos das negociações.
Pauta de Negociação
1 – Valor da Consulta em R$ 180, independentemente do tipo de plano do beneficiário.
2 – Valorização de Procedimentos conforme hierarquização proposta pela FIPE e constante na CBHPM até 2017.
3 – Necessidade de ganhos reais sobre a inflação e não somente a recomposição de valores (três anos para realinhamento dos honorários, com aumento anual de 10% do IPCA).
4 – Realinhamento e recomposição de valores a incidir sobre todas as formas de remuneração médica (fee for service, pacotes, celetistas e pejotizados, entre outros).
Fotos: Reprodução da reunião
