“É uma alegria muito grande estar voltando à minha casa, participar de mais uma reunião com a Diretoria da Associação Paulista de Medicina e rever amigos”, com estas palavras, o secretário de Saúde do estado de São Paulo, Eleuses Paiva, iniciou a sua participação na Reunião de Diretoria da APM realizada na última sexta-feira, 25 de abril.
Paiva destacou que, por meio de uma reunião realizada recentemente com o presidente da APM, Antonio José Gonçalves, foi possível enxergar a possibilidade de uma parceria entre o Instituto de Ensino Superior da entidade (IESAPM) com alguns parceiros da Secretaria, propiciando, assim, atividades que elevem o nível da qualidade da assistência médica no estado. Segundo o secretário, isso será bom para a Associação, mas principalmente para os médicos, que melhorarão a qualidade da formação e da qualificação.
“Gostaria muito de agradecer o apoio que eu tenho recebido das entidades médicas aqui do estado de São Paulo. Eu tenho tentado fazer uma interlocução, sempre que posso, principalmente com a área associativa, com as nossas sociedades de especialidades e com o Conselho Regional de Medicina, porque os desafios são gigantes. Eu acho que neste momento a gente tem que ter a humildade de ouvir, até para ter sugestões e tentar errar o mínimo possível”, salientou.
Saúde em São Paulo
Apesar da Saúde no estado ainda ser um grande desafio, já foram obtidos avanços notáveis. Conforme descreve Eleuses Paiva, inicialmente a Secretaria pautou a importância da regionalização da Saúde, uma vez que as diversas regiões do estado são completamente heterogêneas – isto é, ao passo que existem regiões de carência extrema, também há aquelas que são extremamente ricas e ambas não conversam entre si.
“É praticamente impossível implantar uma única política de Saúde no estado, porque para uma região ela pode ser extremamente importante e qualificada, enquanto para a outra pode não ter nada a ver. Assim, dividimos o estado de São Paulo em aproximadamente 22 regiões com uma política de Saúde adequada para cada uma delas, porque em algumas vamos estar mais voltados à Oncologia, em outras na Saúde Mental e assim por diante”, explicou.
O secretário também indicou que, para incentivar os municípios a receberem recursos, estão sendo colocadas metas, que se dividem entre cobertura vacinal; redução do câncer de colo de útero, com a realização de um exame de papanicolau por ano; e redução da mortalidade materna e infantil, que aumentou exponencialmente com a pandemia de Covid-19, elencando, no mínimo, seis consultas de pré-natal para as gestantes.
Além disso, ele recordou a aposta na Tabela SUS Paulista, no intuito de diminuir as filas e ampliar o acesso ao atendimento. “Nós tínhamos mais de 7.800 leitos fechados no estado de São Paulo. O problema não é abrir e nem construir hospital, porque o que você gasta com custeio, você pode construir um hospital universitário. O grande problema é manter essa unidade aberta, com qualidade, funcionando.”
Neste sentido, o médico explicou que, por meio da Tabela SUS Paulista, já foi possível abrir mais de 6,2 mil leitos em dois anos. “É como se tivéssemos construído uma média de 200 leitos por mês. Como se, em dois anos de gestão, tivéssemos construído 32 hospitais. Nós entregamos também mais quatro novos hospitais e não acabou, não. O desafio continua.”
Futuro
Paiva relembrou que o estado de São Paulo atendeu mais de 720 mil cirurgias eletivas por ano, fechando 2024 com a realização de 1,2 milhão delas. Para 2025, o plano é encerrar o ano com 1.4 milhão de procedimentos efetuados, contribuindo, assim, para uma diminuição efetiva das filas de espera.
“Vai continuar tendo fila, porque as pessoas vão continuar vindo, mas nós vamos saber que está dando resultado e que está andando para frente. Me dá uma tranquilidade muito grande saber que eu estou honrando a APM, porque quando eu fui presidente, nós cobrávamos muitas ações e a nossa competência é cobrar mesmo. Não tenho dúvidas de que tem que avançar muito mais, mas eu acho que nós já avançamos muito”, concluiu.


