No último sábado, 1º de novembro, a Associação Paulista de Medicina deu continuidade ao I Fórum para Avaliação do Processo de Formação dos Médicos Residentes e Especialistas no Estado de São Paulo. As atividades do dia envolveram apresentações e debates sobre uma série de temas relevantes, e na parte da manhã, o foco foi em “Programação Teórica para os Residentes – Boas Práticas” e “Avaliação das Instituições Formadoras e Programas de Residência Médica”.
A vice-presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (Saesp), Claudia Marquez Simões, foi responsável por ministrar a primeira palestra do dia, descrevendo de que forma vem sendo ofertado o subsídio à programação teórica da residência médica e apresentando as experiências bem-sucedidas de sua sociedade de especialidade neste sentido.
“Desenvolvemos um núcleo de ensino para pessoas que estão ligadas à residência médica, trabalhamos de maneira muito parceira com a Sociedade Brasileira de Anestesiologia e temos buscado uma aproximação das residências do MEC”, recordou.
A médica aproveitou para descrever as principais atividades educacionais promovidas pela Saesp. “Nós temos uma série de podcasts, webinars, revista, o Saesp in loco e as Raiesps, que são as rodadas de Anestesiologia, focadas em levar atividades práticas, workshops e hands on para outras cidades do estado. Além disso, temos estimulado a participação dos acadêmicos na sociedade e há também o programa ‘A Saesp vai até você’, que tem sido solicitado para levar os nossos workshops para outras cidades e até mesmo para outros estados”, relembrou, trazendo as principais expectativas para o ano de 2026.
O painel foi moderado por Ramiro Colleoni Neto, presidente da Comissão de Residência Médica do CBC, e teve como painelistas Vitor Henrique de Oliveira, vice-coordenador da Comissão de Residência da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), e Leopoldo Pompeo Weber, 3º conselheiro da Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR).
Avaliação
Dando continuidade às apresentações, Reginaldo Fujita – membro de Comissões da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (Aborl-CCF) – destacou as realizações da entidade, relembrando que a expansão que a especialidade vem enfrentando, assim como outras áreas da Medicina, requer a preservação da excelência e, para isso, seria fundamental aumentar o tempo de duração da formação. Além disso, ele também salientou como são realizadas as visitas de avaliação de qualidade dos programas de residência.
“O que eu preciso avaliar lá é a caracterização geral do programa, onde ele está inserido, qual é a infraestrutura, o corpo docente, as atividades de formação exercidas no serviço, atividade de pesquisa e produção científica, além do corpo discente. Todos os cenários práticos são visitados e fotografados e tem o momento da entrevista, em que conversamos de forma reservada com os residentes”, explicou.
Para Fujita, a principal meta é a busca incessante da oferta de serviços de residência e de capacitação com excelência no aprendizado. “Este é o foco, uma uniformidade em todo o País, e essa excelência precisa ser o objetivo de todo mundo. Formar ótimos profissionais, independente da região em que ele está, e valorizar o médico com título de especialista obtido pela sociedade de especialidade. Nós devemos ter preocupação em como vistoriar e avaliar o serviço, mas de forma objetiva. Você pode até arranjar inimigos, mas o inimigo que você não quer pela frente é um advogado ou um paciente maltratado”, concluiu.
Com moderação de Fernando Sabia Tallo – diretor de Eventos da APM, 2º tesoureiro da Associação Médica Brasileira e membro da Comissão Nacional de Residência Médica -, a atividade também teve como painelistas Paulo Roberto Corsi, ex-presidente do CBC, e novamente Vitor de Oliveira e Leopoldo Weber.
Fotos: Alexandre Diniz



