No último mês de agosto, os ataques nucleares nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, completaram 80 anos. Os bombardeamentos, que ocorreram nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, foram fatores decisivos para o fim da Segunda Guerra Mundial. No entanto, ceifaram a vida de milhares de pessoas. Para se ter ideia da dimensão da tragédia, não há números exatos sobre a quantidade de vítimas –alguns estudos apontam 100 mil mortos, outros indicam que o total pode ter ultrapassado 210 mil.
Para relembrar esta história, a Associação Paulista de Medicina está promovendo a exposição “Hiroshima e Nagasaki: Um agosto para nunca esquecer!”, aberta ao público até o dia 19 de setembro. A mostra gratuita, que ficará disponível no andar térreo da sede da entidade, tem como objetivo apresentar os impactos da guerra e da utilização de armas nucleares, homenagear os imigrantes japoneses sobreviventes do atentado e provocar uma reflexão na sociedade.
De 2010 a 2025, a exposição já passou por 16 diferentes cidades do estado de São Paulo. Além da capital, também foram contempladas Campinas, São Caetano do Sul, Taubaté, São José dos Campos, Americana, Piracicaba, Botucatu, Marília, Presidente Prudente, Dracena, Catanduva e Jales. Além disso, a mostra também esteve no Mato Grosso do Sul, em agosto de 2023. No total, mais de 35 mil visitantes já puderam conferir a exibição.
“A missão é expor a inegável aversão a atos que tornam o planeta vulnerável. Conscientizar é preciso para o apelo à paz, bem essencial à vida. O lançamento das bombas atômicas causou irremediáveis sofrimentos e a morte de inúmeras pessoas, civis inocentes que não tiveram oportunidade de defesa ou refúgio. A Associação Paulista de Medicina, como entidade médica sem fins lucrativos, está voltada para a Educação, Saúde e Cultura, elementos essenciais para o desenvolvimento de uma nação”, explica o departamento Cultural da APM.
A parceria entre a APM e o Japão é de longa data. A instituição já realizou uma série de ações que contemplam esta relação duradoura. Entre as atividades promovidas, estão a comitiva da Universidade de Keio, em que estudantes japoneses visitaram a exposição na sede da instituição; a participação no 20º Congresso Internacional para a Prevenção da Guerra Nuclear; a entrega de abaixo-assinados contra a utilização de armas nucleares; a visita de médicos e sobreviventes da bomba, entre outras.
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