Coordenada pela Associação Paulista de Medicina (APM), a Comissão Estadual de Negociação de Honorários Médicos se reuniu, no último dia 12 de agosto, com representantes da Amil, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), para apresentar a pauta de negociação referente ao ano de 2025.
Representaram a Comissão o diretor adjunto de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury, o assessor médico da Diretoria da entidade, Marcos Pimenta, o 2º tesoureiro do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Magno, e o conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Daniel Kishi. Pela Amil, participaram a diretora médica Maria Cristina Farias Mendes, o diretor de Rede Sênior, Paulo Cesar Prado Junior, e a gerente médica Ana Cecília Guimarães Borrelli. Também esteve presente o gerente executivo do Departamento do Complexo Produtivo e Econômico da Saúde e Biotecnologia da Fiesp (deComSaúde), Luiz Monteiro Filliettaz.



A reunião foi iniciada por Marun Cury, que ressaltou a crescente pressão das sociedades de especialidades em relação aos honorários da classe médica. “Os médicos estão ficando para trás e alguns estão pagando para trabalhar. Somos o canal direto com a classe e nosso papel é representá-la de forma firme e responsável”, afirmou.
A pauta apresentada à Amil propõe o valor de R$ 180,00 por consulta para este ano, com a exigência de que a operadora atualize esse valor. “Solicitamos que as operadoras assinem um documento garantindo que, em até três anos, os valores das consultas estarão atualizados com todos os índices de correção”, pontuou o diretor da APM.
Para Marcos Pimenta, o valor de R$ 180,00 representa o mínimo necessário para garantir a viabilidade do atendimento em consultório. Carlos Magno também falou do apoio do CFM à proposta da APM e destacou a importância da união da classe médica na defesa da valorização profissional. Já Daniel Kishi salientou que é fundamental reduzir os desperdícios para reverter esses valores para a classe médica.
Encerrando a reunião, Maria Cristina Farias Mendes reconheceu a importância do diálogo. “Sabemos da relevância dos médicos, que são a base de todo o sistema. Vamos avaliar a pauta apresentada com atenção e, em breve, daremos retorno à Comissão”, concluiu.
Pauta de Negociação
1 – Valor da Consulta em R$ 180, independentemente do tipo de plano do beneficiário.
2 – Valorização de Procedimentos conforme hierarquização proposta pela FIPE e constante na CBHPM até 2017.
3 – Necessidade de ganhos reais sobre a inflação e não somente a recomposição de valores (três anos para realinhamento dos honorários, com aumento anual de 10% do IPCA).
4 – Realinhamento e recomposição de valores a incidir sobre todas as formas de remuneração médica (fee for service, pacotes, celetistas e pejotizados, entre outros).
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