No dia 25 de agosto, a Comissão Estadual de Negociação de Honorários Médicos, liderada pela Associação Paulista de Medicina, se reuniu com a operadora Hapvida, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O diretor adjunto de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury, e o assessor médico da entidade, Marcos Pimenta, representaram a Comissão. Também participou da reunião o gerente executivo do Departamento do Complexo Produtivo e Econômico da Saúde e Biotecnologia da Fiesp (deComSaúde), Luiz Monteiro Filliettaz.
Representando a Hapvida, estiveram presentes o diretor executivo de Credenciamento Nacional, Antonio Gregoratto, o diretor de Credenciamento, Lauro Barbanti, e o diretor de Negociação com a Rede Assistencial, Diécson Citadin Raupp.
Durante o encontro, a Comissão apresentou a pauta de negociação para este ano (confira abaixo), contextualizou o histórico das tratativas anteriores e destacou a crescente pressão das sociedades de especialidades por melhorias na remuneração. Também foram abordadas a parceria com a Fiesp e as reuniões realizadas com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
“As negociações com as operadoras ocorrem desde 2011, mas a classe médica tem manifestado crescente insatisfação com a remuneração. Os médicos cobram das entidades resultados concretos. Por isso, propusemos que as operadoras assinem um documento, garantindo que, em até três anos, os honorários médicos sejam atualizados com base em todos os índices de correção”, ressaltou Marun Cury.
Marcos Pimenta, por sua vez, enfatizou a urgência da situação. “É importante lembrar que representamos os médicos e o cenário atual está insustentável. A qualidade da assistência também passa pela boa remuneração da classe médica.”
Luiz Monteiro Filliettaz reforçou o apoio da entidade. “Chegou a hora de olhar com mais atenção para os médicos e estamos unidos em busca de uma solução”, complementou.
Encerrando o encontro, Antonio Gregoratto elogiou o trabalho da Comissão. “O papel desempenhado por vocês, representantes da classe médica, é louvável. Agora, precisamos internacionalizar tudo o que foi falado aqui para retornar em breve para vocês”, concluiu.
Pauta de Negociação
1 – Valor da Consulta em R$ 180, independentemente do tipo de plano do beneficiário.
2 – Valorização de Procedimentos conforme hierarquização proposta pela FIPE e constante na CBHPM até 2017.
3 – Necessidade de ganhos reais sobre a inflação e não somente a recomposição de valores (três anos para realinhamento dos honorários, com aumento anual de 10% do IPCA).
4 – Realinhamento e recomposição de valores a incidir sobre todas as formas de remuneração médica (fee for service, pacotes, celetistas e pejotizados, entre outros).
Fotos: Divulgação
