Na última terça-feira, 16 de maio, a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), Regional da Associação Paulista de Medicina, realizou um encontro – de forma on-line – para debater “Valorização e condições do trabalho médico”. No encontro, foram abordados assuntos como a negociação com os planos de saúde e atrasos de pagamentos aos profissionais da Medicina, principalmente na rede pública de Saúde.
Durante a reunião, estiveram presentes o diretor de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury, acompanhado pelo assessor médico da Diretoria, Marcos Pimenta, e pelo assessor jurídico da entidade, Lorenzo Bandoni. Eles foram recebidos pela presidente e pelo vice-presidente da Regional, Fatima Bastos e José Roberto Amade, respectivamente, além do diretor de Defesa Profissional da SMCC, Jorge Carlos Machado Curi.
“Nós, como Casa do Médico, estamos novamente nesta luta para conseguir melhores resultados nos nossos trabalhos. Hoje, trouxemos da Associação Paulista de Medicina a equipe que está negociando os honorários em nível estadual para que não fiquemos limitados nessa luta e não caiamos nas armadilhas que as operadoras [de planos de saúde] nos colocam”, explicou a presidente da Regional.
Dando continuidade ao discurso, Curi destacou: “Precisamos nos organizar para buscar a valorização dos médicos, pois este é o grande tema de hoje. Somente com a valorização, os médicos poderão prestar um atendimento de qualidade para os pacientes”.
Atuação da Defesa Profissional
Marun afirmou, antes de tudo, que é necessário falar publicamente sobre os problemas que a sociedade médica de Campinas está enfrentando, para que medidas funcionais sejam tomadas a fim de ultrapassar essas barreiras. Ele ainda salientou que esses desafios serão superados somente através de muita luta e união da classe e das entidades. “É necessário que haja pressão de todos sobre as operadoras de planos de saúde para que se tenha sucesso, porque elas sabem que, infelizmente, o segmento médico está desunido.”
O diretor da APM apresentou ações usuais da Defesa Profissional da Associação, como negociações com operadoras de planos de saúde, reforma tributária e o apoio das Regionais e Distritais. Ressaltou ainda a importância do contrato formal dos profissionais da Medicina no Brasil e deu ênfase às medidas que vêm sendo tomadas em busca de melhores condições de trabalho – por meio das comissões de negociações de honorários.
Ele apresentou pautas gerais referentes às negociações e estratégias dos últimos meses da Defesa Profissional da APM, com destaque para os itens “limitação a três atendimentos de consultas por hora quando o profissional for contratado para atendimento em serviços próprios verticalizados” e “manutenção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), da AMB, como balizador de remuneração aos serviços prestados nos moldes de fee for service”.
Em considerações finais, Marun articulou sobre a relevância da denúncia: “É preciso que os médicos que estão em situações insalubres nos seus postos de trabalho não tenham medo de denunciar as empresas e os órgãos que os submetem a isso, pois só assim é possível detectar os problemas e resolvê-los”.
Imagens: Reprodução reunião SMCC
