CQH: liderança transformadora e geração de valor são temas de Assembleia

O Programa de Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) - mantido pela Associação Paulista de Medicina (APM) - promoveu na manhã da última quinta-feira, 10 de novembro, mais uma edição da Assembleia com os hospitais participantes, de forma virtual

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O Programa de Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) – mantido pela Associação Paulista de Medicina (APM) – promoveu na manhã da última quinta-feira, 10 de novembro, mais uma edição da Assembleia com os hospitais participantes, de forma virtual.

Na ocasião, o palestrante responsável por abordar o tema “Como a liderança transformadora, por meio da orientação por processos, promove a geração de valor para os hospitais” foi Jayme Malek Junior, diretor Científico da Sociedade Paulista de Medicina Preventiva e Administração em Saúde (SOMPAS) e membro da Governança do Programa CQH.

Iniciando a sessão, o palestrante ressaltou que o objetivo central da Assembleia é o de trazer a identificação de necessidades e expectativas das partes interessadas nas organizações, que é o elemento chave de qualquer processo de gestão. “Realizamos isso na prática enviando aos hospitais uma pesquisa perguntando qual fundamento seria mais relevante para tratarmos em determinados encontros. Recebemos sugestões, tabulamos e, a partir dessas sugestões, criamos requisitos, os quais podem ser exercidos por todas as instituições, desde que tenham um método adequado.”

De acordo com ele, no âmbito de liderança transformadora, o processo envolve questões práticas e específicas. “O fundamento de liderança transformadora está voltado a como os líderes estão atuando na instituição em relação a aspectos éticos, se são líderes inspiradores e exemplos para os demais colaboradores, e se estão comprometidos com a excelência em suas atitudes do dia a dia.”

Principais aspectos

Malek ainda relembrou que quando se fala de liderança, é preciso pensar em diversos níveis de líderes, tendo em vista como são exploradas as potencialidades das culturas presentes, como são mapeadas e como os elementos são utilizados dentro da gestão da organização. “Todas essas vertentes podem ser traduzidas em diversas questões, no caso dos hospitais, se baseiam em valores e princípios.”

Para o palestrante, a organização deve investir em metodologias de avaliação de melhorias, tendo em vista seus processos principais. Essa avaliação deve utilizar benchmarking, reuniões de indicadores e ferramentas de qualidade, para que seja possível avaliar todos estes processos dentro da organização.

“A gestão precisa sempre manter o foco nas partes interessadas (sociedade), devendo mapear seus aspectos peculiares e trazer resultados à parte mapeada, bem como tendência favorável aos resultados. Sempre iremos incentivar melhoria, competitividade e fazemos isso começando a estimular a organização a atender todas as demandas e expectativas de seus clientes”, destacou o especialista.  

Finalizando, ele ressaltou que fundamentos de gestão e valores são essenciais, visto que o alcance de resultados econômicos, sociais e ambientais, bem como de resultados dos processos, os potencializa em níveis de excelência, no intuito de atender às necessidades e expectativas das partes interessadas. “Estipulamos que mesmo as organizações que estão em níveis iniciais para a excelência possam estar preparadas para cumprir e entender necessidades e expectativas de partes interessadas, bem como os interesses a serem cumpridos.”

Debate

Respondendo sobre alguns exemplos de monitoramento de partes interessadas, Jayme Malek enfatizou que mapeamento e identificação não estão na geração de valor, mas sim na liderança transformadora. “Este planejamento é baseado em processos e compromisso com a sociedade. Normalmente, consideramos a sociedade como aspectos institucionais, existem partes, parceiros e redes com que essa organização se relaciona.”

E complementou que, para o mapeamento ser realizado da forma correta, é preciso identificar quem são esses elementos da sociedade do ponto de vista geográfico e institucional. “Aspectos culturais precisam ser mapeados com ferramentas específicas, a partir da definição de valores e aspectos éticos.”

Fotos: Reprodução da Assembleia do CQH